Fernandes Figueiredo em Foco

18 de julho de 2019

Em entrevista ao G1, Edison Fernandes, afirma que para assumir como embaixador, Eduardo Bolsonaro terá que abrir mão do mandato

Deputado Eduardo Bolsonaro se diz disposto a renunciar para ser nomeado embaixador nos EUA

Mais cedo, presidente disse que cogita nomear filho para embaixada brasileira em Washington. Deputado disse que não recebeu convite oficial, mas que cumprirá missão dada pelo presidente.

Por Nilson Klava e Fabio Amato, GloboNews e G1 — Brasília

O deputado Eduardo Bolsonaro – um dos cinco filhos do presidente Jair Bolsonaro – afirmou nesta quinta-feira (11) à GloboNews que não recebeu nenhum convite oficial para assumir o comando da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, mas que cumprirá “da melhor maneira” qualquer missão dada a ele pelo presidente.

Depois, em entrevista a jornalistas na Câmara, disse que está disposto a renunciar ao mandato de deputado para assumir o cargo de embaixador. “Se o presidente Jair Bolsonaro me confiar essa missão, eu estaria disposto a renunciar ao mandato”, afirmou.

A declaração foi dada minutos depois de Bolsonaro dizer que cogita nomeá-lo para o posto e que a nomeação para a chefia da chancelaria brasileira em Washington só depende do próprio Eduardo, que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

“Quero conversar com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e com o presidente antes de falar algo, até porque não recebi nada oficial. Mas a missão que o presidente me der eu vou cumprir da melhor maneira, onde for”, afirmou o deputado à GloboNews.

Segundo Edison Carlos Fernandes, especialista em direito constitucional, para assumir como embaixador, Eduardo Bolsonaro terá que abrir mão do mandato. Isso porque a Constituição prevê que somente chefes de missões diplomáticas temporárias não perdem o mandato de deputado ou senador. Embaixadores chefiam missão permanente.

O deputado disse que se sente credenciado para exercer o cargo de embaixador.

“Falo inglês, falo espanhol, sou o deputado mais votado da história do Brasil, sou presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Eu acredito que as credenciais me dão uma certa uma qualificação.”

Ele também disse ver vantagem no fato de ser filho do presidente da República.

“Acredito que a nomeação ou indicação de uma pessoa tão próxima ao presidente para assumir esse cargo em outro país seria visto com bons olhos pelo lado americano e daria a confiabilidade necessária para que nós venhamos a desenvolver um trabalho resgatando o crédito do país no exterior”, disse o deputado.

Presidente

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que, se dependesse apenas dele, “decidiria agora” pela nomeação do filho.

“Fiquei pensando: imagina se tivesse no Brasil aqui o filho do Macri [Maurício Macri, presidente da Argentina] como embaixador da Argentina. Obviamente, que o tratamento a ele seria diferente de outro embaixador, normal”, afirmou o presidente a jornalistas.

“É uma coisa que está no meu radar, sim, existe essa possibilidade. Ele [Eduardo] é amigo dos filhos do [Donald] Trump, fala inglês, fala espanhol, tem vivência muito grande de mundo. No meu entender, poderia ser uma pessoa adequada e daria conta do recado perfeitamente em Washington”, concluiu Bolsonaro.

O posto de embaixador brasileiro em Washington está vago desde abril, quando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, decidiu transferir o então embaixador Sergio Amaral para o escritório de representação do Itamaraty em São Paulo.

https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/07/11/a-missao-que-o-presidente-me-der-eu-vou-cumprir-diz-eduardo-bolsonaro-sobre-eventual-convite-para-embaixada.ghtm

[:en]

Deputado Eduardo Bolsonaro se diz disposto a renunciar para ser nomeado embaixador nos EUA

Mais cedo, presidente disse que cogita nomear filho para embaixada brasileira em Washington. Deputado disse que não recebeu convite oficial, mas que cumprirá missão dada pelo presidente.

Por Nilson Klava e Fabio Amato, GloboNews e G1 — Brasília

O deputado Eduardo Bolsonaro – um dos cinco filhos do presidente Jair Bolsonaro – afirmou nesta quinta-feira (11) à GloboNews que não recebeu nenhum convite oficial para assumir o comando da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, mas que cumprirá “da melhor maneira” qualquer missão dada a ele pelo presidente.

Depois, em entrevista a jornalistas na Câmara, disse que está disposto a renunciar ao mandato de deputado para assumir o cargo de embaixador. “Se o presidente Jair Bolsonaro me confiar essa missão, eu estaria disposto a renunciar ao mandato”, afirmou.

A declaração foi dada minutos depois de Bolsonaro dizer que cogita nomeá-lo para o posto e que a nomeação para a chefia da chancelaria brasileira em Washington só depende do próprio Eduardo, que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

“Quero conversar com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e com o presidente antes de falar algo, até porque não recebi nada oficial. Mas a missão que o presidente me der eu vou cumprir da melhor maneira, onde for”, afirmou o deputado à GloboNews.

Segundo Edison Carlos Fernandes, especialista em direito constitucional, para assumir como embaixador, Eduardo Bolsonaro terá que abrir mão do mandato. Isso porque a Constituição prevê que somente chefes de missões diplomáticas temporárias não perdem o mandato de deputado ou senador. Embaixadores chefiam missão permanente.

O deputado disse que se sente credenciado para exercer o cargo de embaixador.

“Falo inglês, falo espanhol, sou o deputado mais votado da história do Brasil, sou presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Eu acredito que as credenciais me dão uma certa uma qualificação.”

Ele também disse ver vantagem no fato de ser filho do presidente da República.

“Acredito que a nomeação ou indicação de uma pessoa tão próxima ao presidente para assumir esse cargo em outro país seria visto com bons olhos pelo lado americano e daria a confiabilidade necessária para que nós venhamos a desenvolver um trabalho resgatando o crédito do país no exterior”, disse o deputado.

Presidente

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que, se dependesse apenas dele, “decidiria agora” pela nomeação do filho.

“Fiquei pensando: imagina se tivesse no Brasil aqui o filho do Macri [Maurício Macri, presidente da Argentina] como embaixador da Argentina. Obviamente, que o tratamento a ele seria diferente de outro embaixador, normal”, afirmou o presidente a jornalistas.

“É uma coisa que está no meu radar, sim, existe essa possibilidade. Ele [Eduardo] é amigo dos filhos do [Donald] Trump, fala inglês, fala espanhol, tem vivência muito grande de mundo. No meu entender, poderia ser uma pessoa adequada e daria conta do recado perfeitamente em Washington”, concluiu Bolsonaro.

O posto de embaixador brasileiro em Washington está vago desde abril, quando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, decidiu transferir o então embaixador Sergio Amaral para o escritório de representação do Itamaraty em São Paulo.

https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/07/11/a-missao-que-o-presidente-me-der-eu-vou-cumprir-diz-eduardo-bolsonaro-sobre-eventual-convite-para-embaixada.ghtm

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Deputado Eduardo Bolsonaro se diz disposto a renunciar para ser nomeado embaixador nos EUA

Mais cedo, presidente disse que cogita nomear filho para embaixada brasileira em Washington. Deputado disse que não recebeu convite oficial, mas que cumprirá missão dada pelo presidente.

Por Nilson Klava e Fabio Amato, GloboNews e G1 — Brasília

O deputado Eduardo Bolsonaro – um dos cinco filhos do presidente Jair Bolsonaro – afirmou nesta quinta-feira (11) à GloboNews que não recebeu nenhum convite oficial para assumir o comando da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, mas que cumprirá “da melhor maneira” qualquer missão dada a ele pelo presidente.

Depois, em entrevista a jornalistas na Câmara, disse que está disposto a renunciar ao mandato de deputado para assumir o cargo de embaixador. “Se o presidente Jair Bolsonaro me confiar essa missão, eu estaria disposto a renunciar ao mandato”, afirmou.

A declaração foi dada minutos depois de Bolsonaro dizer que cogita nomeá-lo para o posto e que a nomeação para a chefia da chancelaria brasileira em Washington só depende do próprio Eduardo, que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

“Quero conversar com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e com o presidente antes de falar algo, até porque não recebi nada oficial. Mas a missão que o presidente me der eu vou cumprir da melhor maneira, onde for”, afirmou o deputado à GloboNews.

Segundo Edison Carlos Fernandes, especialista em direito constitucional, para assumir como embaixador, Eduardo Bolsonaro terá que abrir mão do mandato. Isso porque a Constituição prevê que somente chefes de missões diplomáticas temporárias não perdem o mandato de deputado ou senador. Embaixadores chefiam missão permanente.

O deputado disse que se sente credenciado para exercer o cargo de embaixador.

“Falo inglês, falo espanhol, sou o deputado mais votado da história do Brasil, sou presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Eu acredito que as credenciais me dão uma certa uma qualificação.”

Ele também disse ver vantagem no fato de ser filho do presidente da República.

“Acredito que a nomeação ou indicação de uma pessoa tão próxima ao presidente para assumir esse cargo em outro país seria visto com bons olhos pelo lado americano e daria a confiabilidade necessária para que nós venhamos a desenvolver um trabalho resgatando o crédito do país no exterior”, disse o deputado.

Presidente

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que, se dependesse apenas dele, “decidiria agora” pela nomeação do filho.

“Fiquei pensando: imagina se tivesse no Brasil aqui o filho do Macri [Maurício Macri, presidente da Argentina] como embaixador da Argentina. Obviamente, que o tratamento a ele seria diferente de outro embaixador, normal”, afirmou o presidente a jornalistas.

“É uma coisa que está no meu radar, sim, existe essa possibilidade. Ele [Eduardo] é amigo dos filhos do [Donald] Trump, fala inglês, fala espanhol, tem vivência muito grande de mundo. No meu entender, poderia ser uma pessoa adequada e daria conta do recado perfeitamente em Washington”, concluiu Bolsonaro.

O posto de embaixador brasileiro em Washington está vago desde abril, quando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, decidiu transferir o então embaixador Sergio Amaral para o escritório de representação do Itamaraty em São Paulo.

https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/07/11/a-missao-que-o-presidente-me-der-eu-vou-cumprir-diz-eduardo-bolsonaro-sobre-eventual-convite-para-embaixada.ghtml